2018
Primeiro dia: 7 de maio
Mesa redonda: A importância do domínio de línguas estrangeiras no contexto da comunicação contemporânea
Participação de Phelipe Cerdeira, Anderson Marques e Cláudia Daher
Começou hoje a 4ª Jornada de Comunicação Institucional, realizada pelos alunos e professores do curso de Comunicação Institucional da UFPR. Na abertura do evento, tivemos uma mesa redonda sobre “A importância do domínio de línguas estrangeiras no contexto da comunicação contemporânea”, com a participação dos professores de línguas Phelipe Cerdeira de espanhol, Anderson Marques de inglês e Cláudia Daher de francês.
Durante a mesa foram apresentados pontos interessantes para os estudantes de comunicação, que têm como desafio a aprendizagem de uma nova língua. A professora Cláudia apontou a importância do estudo da língua para o desenvolvimento de alteridade na sociedade atual. Reforçou que o estudo de uma língua estrangeira pode melhorar a capacidade de se colocar no lugar do outro, levando o estudante a ter maior tolerância para as diversas culturas, costumes e estilos de vidas. O professor Phelipe complementa a fala de Cláudia, enfatizando sobre a relevância do estudante ir além da sala aula, para que barreiras venham a ser quebradas, pois somente o conhecimento linguístico não é suficiente. Destacando, ainda, a necessidade de se viver a língua em seu cotidiano.
Para o professor de inglês Anderson Marques, o aprendizado de uma língua estrangeira, e principalmente o inglês, pode ser visto como ameaça, desejo, destruição ou oportunidade. Na atualidade, não há como negar a necessidade de outro idioma no currículo profissional. Porém, o processo de ensino de outra língua pode se tornar um monstro para muitas pessoas, definida por ele como síndrome do impostor ou síndrome da fraude, que consiste no sentimento de incapacidade para o aprendizado de outra língua, independente do nível de aprendizagem que tenham alcançado. O sentimento de fraude apresenta pensamentos como: “eu não sou autêntico”, “nunca vou conseguir aprender” e “não vou conseguir me identificar”. Isso pode gerar barreiras ainda maiores, como um desencorajamento, uma desistência da língua, baixa autoestima, discriminação da língua ou racismo cultural. Acrescentou ainda, que “as demandas comunicativas de hoje mostram desafios diferentes daqueles colocados como tradicionais”.
Por Joseane Amélia Pereira da Silva - Assessoria de Imprensa da 4ª Jornada de Comunicação.
Tendências do Marketing na Era Digital
Palestra de Ney Queiroz
A primeira palestra, após a abertura com a mesa redonda, foi “Tendências do Marketing na Era Digital”, apresentada por Ney Queiroz, coordenador e professor de cursos de pós-graduação na área de comunicação e direito digital, cuja formação é em Direito e Comunicação Social, com mestrado na PUC-PR e estudo de Marketing Digital na Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
Ney nos mostrou hoje como estamos vivendo na “era da hiperestimulação”, sendo bombardeados diariamente por milhares de informações a todo o momento e utilizando vários meios de comunicação simultaneamente. Além disso, o palestrante enfatizou como o mundo está se tornando cada vez mais tecnológico e automatizado, trazendo exemplos de avanços incríveis como os novos veículos autônomos que já estão em circulação nos Estados Unidos.
Outra questão importante levantada pelo palestrante é a facilidade de propagação de informações pelas redes sociais, fazendo com que as empresas, assim como os comunicadores tenham que se reinventar e tomar muito mais cuidado ao fazer qualquer tipo de campanha de comunicação. Parafraseia Chris Anderson, autor conceituado na área de comunicação, com a fala: somos atualmente “formigas com megafones”, prontas e dispostas a transmitir o que pensamos publicamente ou mesmo secretamente para pessoas em quem confiamos, e assim facilitando ou dificultando a vida dos alvos de nossas comunicações.
Por André Paixão - Assessoria de Imprensa da 4ª Jornada de Comunicação.
Segundo dia: 8 de maio
Métodos de aferição de audiência como estratégia de comunicação
Palestra de Rodrigo Cierco e Douglas Maques Damiani
O segundo dia da Jornada de Comunicação teve como palestra de abertura os “Métodos de aferição de audiência como estratégia de comunicação, com Rodrigo Cierco e Douglas Marques Damiani, da Kantar Ibope Media. Rodrigo iniciou sua fala apresentando as metodologias utilizadas pela Kantar na mensuração de dados e os meios pelos quais são aplicadas.
A empresa se apresenta como a maior companhia de medição de audiência de televisão em termos de operações, com mais de 400 clientes, entregando ao mercado dados e análises baseadas em pesquisas, de maneira a diminuir os riscos durante a tomada de decisão mercadológica.
Para compreender melhor como funciona o uso dos dados fornecidos pelo Kantar Ibope Media, na aferição das audiências, Rodrigo simula um job de comunicação com a proposta de uma empresa do ramo automobilístico que deseja lançar um automóvel para um público especificamente composto por universitários. Segundo Cierco, assim que a agência de comunicação recebe o briefing da empresa automotiva anunciante, o plano de ação é traçado a partir de pesquisa minuciosa, buscando identificar detalhadamente o perfil de consumo do público-alvo e os meios possíveis para atingi-lo. Além disso, outros dados complementares ao desenvolvimento de um planejamento de comunicação, como informações sobre a concorrência, investimentos em mídia e estratégias do uso dos meios de comunicação, também são necessários e extraídos das pesquisas comercializadas pelo Ibope.
Rodrigo explica que por muito tempo as audiências dos programas midiáticos eram medidas por horários e que hoje mede-se pelo conteúdo, pois ele é o “protagonista”. O palestrante encerra sua fala reforçando que o mercado exigiu esta mudança de aferição do horário para o conteúdo pela demanda de consumo e que os conteúdos tomam conta da comunicação contemporânea, principalmente em um momento onde as múltiplas telas dominam o cenário comunicacional.
Por Joseane Amélia Pereira da Silva - Assessoria de Imprensa da 4ª Jornada de Comunicação.
Os desafios da comunicação institucional:
Um estudo de caso da prefeitura Municipal de Paranaguá na produção e distribuição de conteúdo multimídia.
Palestra de Camila Cordeiro
A segunda palestra da manhã, “Os desafios da comunicação institucional: um estudo de caso da prefeitura municipal de Paranaguá na produção e distribuição de conteúdo multimídia”, foi apresentada por Camila Cordeiro, que é graduada em Comunicação Social – Jornalismo pela PUC-PR – estudou ‘BI’ (Business Intelligence) pela ESPM (2013) e atualmente “Análise de Indicadores” pelo instituto Publix.
O assunto abordado está diretamente relacionado com criatividade e excelente utilização de poucos recursos para se obter muito resultado, e de acordo com ela, o segredo para isso é encontrar pessoas engajadas e que são apaixonadas pelo que fazem.
Camila nos trouxe vários exemplos de campanhas de comunicação extremamente criativas, feitas por ela e sua equipe, como o Baleia Amarela, que foi uma comparação com o “jogo da baleia azul”, porém no primeiro, os desafios propostos aos “jogadores” são benéficos para todos.
A palestrante nos mostrou também como a criatividade e a persistência podem fazer a diferença e como as redes sociais podem nos ajudar a resolver problemas graves como um episódio ocorrido em Paranaguá relacionado a transmissão da dengue no município. Camila, juntamente com seus colegas da comunicação da Prefeitura, utilizaram várias formas midiáticas para alcançar a população, como a criação de um personagem humorístico e o apoio de influenciadores na internet, obtendo grandes resultados.
Além disso a palestrante apresentou diversas ferramentas gratuitas que podem facilitar a vida dos comunicadores, como o KineMaster, o Canva e o Adobe Spark, economizando seu precioso tempo e mantendo a qualidade dos conteúdos a serem propagados por eles.
Camila encerra sua fala reforçando que existe espaço para todos os comunicadores no mercado de trabalho, mas principalmente para os mais esforçados e dedicados.
Por André Paixão - Assessoria de Imprensa da 4ª Jornada de Comunicação.
Terceiro dia: 9 de maio
Relacionamento Interpessoal e a Comunicação
Palestra de Bruno Scopel
No último dia, a Jornada contou com a presença do psicólogo Bruno Scopel abordando o tema “Relacionamento Interpessoal e a Comunicação”. Um assunto importante, principalmente para jovens e adolescentes que enfrentam um ambiente desafiante logo que entraram em uma universidade. Bruno trabalha com atendimento psicológico para alunos da UFPR nos campus Palotina e Toledo. Na palestra ele expõe os problemas ocorridos e as soluções trabalhadas entre os estudantes. Entre os atendimentos foi apontado muitas queixas relacionadas a falta de motivação e apoio, dúvidas na escolha profissional, insatisfação no desempenho acadêmico, crises nas relações interpessoais, além de ser notado excessos em suas atividades e déficits por parte dos estudantes. Para melhorar essas questões a equipe de psicólogos e professores da UFPR buscou desenvolver atividades que promovam habilidades sociais, tais como: roda de conversas, treino de assertividade e treinamento com atores, de forma a evitar riscos e melhorar problemas comportamentais e de relacionamento dos alunos, que se replicam ao ambiente profissional.
Por Joseane Amélia Pereira da Silva - Assessoria de Imprensa da 4ª Jornada de Comunicação.
Mesa redonda: Os desafios da fotografia na era da comunicação digital
Participação de Henry Milleo e Antonio More
Na segunda parte da manhã de hoje tivemos uma mesa redonda sobre o tema "os desafios da fotografia na era da comunicação digital", trazendo os participantes Henry Milleo, formado em jornalismo pela Faculdades Santa Amélia - SECAL, o qual trabalhou na Gazeta do Povo por 17 anos, foi vencedor do Prêmio New Holland de Fotojornalismo em 2012, premiado no POY Latam em 2013 e 2017 e vencedor do Prêmio Sangue Bom no Jornalismo Paranaense em 2017, atuando como fotojornalista desde 1995 e Antonio More, com 18 anos de experiência também na editora Gazeta do Povo em conjunto com o grupo GRPCOM, fazendo coberturas de eventos sociais, de arquitetura, políticos, socio-econômicos e institucionais.
Henry e Antonio nos deram uma nova e enriquecedora perspectiva sobre o mercado de trabalho atual da fotografia e do fotojornalismo, nos mostrando que para se destacar é preciso arriscar e fazer diferente. Já não basta mais fazer o mesmo de sempre, pois o mercado está saturado do que é considerado normal. "O grande lance é você sair do cotidiano", comentou Antonio durante sua fala.
Além disso, hoje aprendemos com eles que o mercado tem muito espaço para os profissionais que sabem trabalhar em equipe e com ética e respeito, e isso é reforçado por Henry quando este nos relembra a grande responsabilidade dos comunicadores, que tem o poder de causar danos irreparáveis com apenas um celular na mão, e, sendo assim, devem trabalhar com extremo cuidado, principalmente nas redes sociais, pois o avanço tecnológico está tão rápido nessa era digital que em poucos segundos uma notícia pode "viralizar" pelo planeta inteiro. Henry reforça que "o futuro não é mais amanhã. Ele já é hoje. Você tira a foto e ela já foi enviada."
E para encerrar o debate, eles nos mostraram a importância de praticar muito a arte da fotografia para ser um bom fotógrafo e também de focar mais em conhecimento e aprendizado e menos em ter uma câmera boa, pois de nada adiantam equipamentos de última geração nas mãos de uma pessoa que não sabe usá-los. Quando questionados sobre um conselho para os estudantes que desejam seguir a carreira de fotógrafo, Henry diz que "A dica é estudar! Equipamento você conquista... Equipamento com o tempo você vai conquistar... Mas o principal é ESTUDEM, aprendam técnicas, consumam fotografia, arte, cinema... Vão ao teatro, museu... Leiam gibi!" e a recomendação de Henry é que "Se você é uma pessoa rasa sua fotografia vai ser uma coisa rasa." Com esta rica discussão sobre fotografia, encerramos a jornada deste ano.
Por André Paixão - Assessoria de Imprensa da 4ª Jornada de Comunicação.
